O que seria Telemedicina?
O prefixo tele usado em outras palavras como telefone e televisão, significa distância. Portanto, telemedicina é a prática médica realizada à distância. Iniciou-se em Israel, e é muito utilizada nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa.
Como começou no Brasil?
A telemedicina começou aqui no país como parte da disciplina de Informática Médica na Universidade de São Paulo (USP). Em 1994, foi iniciado o Telecárdio em que os laudos de exames de eletrocardiogramas eram enviados por fax para cardiologistas laudarem à distância. Evolução disso são os serviços de radiologia por todo o país usarem sistemas em que os médicos radiologistas conseguem laudar os exames sem precisar estar no hospital.
Regulação no país
Foi legalizada em 2002 pelo Conselho Federal de Medicina, mas permitia apenas a emissão de laudos de exames em casos de urgência e emergência. A prática só foi liberada durante a epidemia do Coronavírus em 2020 através da Lei 12.989/2020.
Divisões da Telemedicina
- Consultas: paciente e médico em locais diferentes, consulta feita por videochamada. Pode também ser usado para o médico assistente pedir uma segunda opinião de outro colega;
- Assistência: essa parte tem a função de monitoramento do paciente pelos profissionais de saúde. Atinge-se assim uma melhora de acessibilidade e qualidade no atendimento dos pacientes. Pode ser feita uma monitorização de um paciente após alta hospitalar, visando diminuir tempo de internação.
- Educação: essa área foi muito utilizada durante a pandemia, em que os congressos foram proibidos de serem realizados através de videoconferências, aulas em grupos ou até mesmo congressos, os médicos conseguem se manter atualizados em suas áreas.
- Telelaudos: exames de imagem como tomografias, ressonância magnética, radiografias e ainda eletrocardiograma podem ser enviados pela internet e outro médico em uma central realizar o laudo a distância.
Benefícios
- Acolhimento e assistência ao paciente pelo médico e equipe de saúde remotamente;
- Maior acesso a médicos especialistas principalmente para comunidades desassistidas;
- Maior agilidade nos atendimentos, devido à sistematização do processo por meio de softwares de saúde online;
- Segurança e sigilo de dados, conforme normas internacionais ( utilizados plataformas confiáveis);
- Ampliação da agenda clínica dos especialistas;
- Envio de exames para laudo 24 horas por dia com resposta ágil e atendimento nacional;
- Redução do tempo de atendimento e dos custos operacionais.
- Evita deslocamentos desnecessários;
- Forma inteligente de se aproximar e atender os paciente mais jovens que tem contato diário com outras tecnologias;
- Especialistas conseguem atender mais pessoas, por não perder tempo com deslocamentos. Ampliação do portfólio disponibilizado pelas unidades de saúde;
- Prontuários e exames armazenados em “nuvem”, não ocupam espaço físico e reduzem custos
Desvantagens
- A tecnologia ainda é escassa no país, principalmente os idosos que não têm acesso ou não sabem usar aparelhos de celular e computador.
- Baixa quantidade de equipes de saúde para serem capazes de usar as ferramentas tecnológicas a favor de todos.
- Atrasos nos atendimentos por conexões ruins ou não familiaridade do paciente com uso da tecnologia.
Como funciona a teleconsulta na Urologia?
A secretária agenda a consulta, o médico cria a sala virtual no seu sistema de prontuário eletrônico. É enviado ao paciente um link em que pode ser acessado pelo celular ou computador. Idealmente as 2 pessoas devem estar em locais com boa conexão de internet e sem barulhos externos para poder ser usado tanto vídeo como som durante a consulta. O médico anota tudo no seu sistema de prontuário e ao fim da consulta, envia os pedidos de exames ou receitas por email ou mensagens no celular já assinados com a assinatura eletrônica. Pode ser necessário um retorno presencial para ser realizado exame físico completo.
FONTES:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13989.htm
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2002/1643